Campo Grande | Da Redação/Com Assessoria | 25/09/2012 09h32

Escola indígena ‘Guateka’ terá quadra coberta

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A Escola Estadual Indígena de Ensino Médio “Guateka” Marçal de Souza conquistou uma quadra poliesportiva coberta para aulas de educação física. As obras começam nesta semana, segundo a Agesul. No último dia 14, o Governo do Estado publicou a contratação da empresa responsável pelas obras e já anuncia início dos trabalhos até sexta-feira. São R$ 302.015,89 em investimentos garantidos por meio de parceria entre o deputado federal Geraldo Resende (PMDB) junto ao Ministério da Educação e Governo do Estado.

De acordo com o parlamentar a medida vai contribuir para a minimização de problemas sociais como consumo de álcool e drogas, tendo como alternativa a prática do esporte. “São diversas modalidades esportivas que, hoje, estão sendo realizadas de forma improvisada. Para se ter uma ideia, “não há um local próprio para estes alunos da Reserva Indígena, que muitas vezes são obrigados a usar quadras de outras escolas, devido à falta de estrutura”, destaca, observando que a partir da construção da quadra, a Escola vai ganha um salto de qualidade, coroando uma luta em favor da educação dentro da Reserva Indígena de Dourados. O parlamentar também foi o articulador dos recursos que garantiram a construção da Escola “Guateka”.

Cursos profissionalizantes

Também já estão assegurados recursos para a construção de um Centro Profissionalizante, em anexo a Escola “Guateka” Marçal de Souza. Serão disponibilizados cursos em várias áreas como a sucroalcooleira, mecânica de máquinas agrícolas, informática, artesanato e culinária.

A conquista da comunidade também é resultado de ação do deputado Geraldo Resende, que garantiu, em parceria com o governo do Estado, R$ 722 mil para a execução do projeto. O projeto está em fase de análise no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em março deste ano, o deputado encaminhou ofício para a secretária estadual de educação, solicitando informações sobre o andamento do projeto que prevê salas de aula, dois laboratórios e quadra poliesportiva coberta.

Geraldo Resende avalia a implantação da Escola Profissionalizante, destinada para instruir e qualificar a juventude indígena é de suma importância, uma vez que, segundo ele, possibilita inserir a população indígena no mercado de trabalho da região da Grande Dourados. “Muitos são os problemas que afligem a comunidade indígena. São quase 14 mil pessoas residindo e compartilhando uma área de 3,5 mil hectares de terra, onde convivem com os mais variados problemas como drogas, bebidas, suicídios, entre outros, pela falta de perspectiva de vida. A maioria dos homens, a partir dos 18 anos, dedicam-se ao trabalho braçal nas usinas de álcool e açúcar da região. É comum deparar com ônibus lotados entrando e saindo da Reserva para tal finalidade”, lamenta.

Para Geraldo, a construção da Escola Estadual de Ensino Médio já está mudando esta realidade. “Porém precisamos ousar mais, por isso estamos articulando a ampliação de mais um bloco para funcionar o Centro Profissionalizante, voltado a atender as demandas daquela comunidade”, defende.

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