Será que cola? Bolsonaro declara apoio à reeleição de Adriane Lopes

Da Redação

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O apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao deputado federal Beto Pereira (PSDB) na disputa pela Prefeitura de Campo Grande acabou sendo um movimento controverso. Apesar do respaldo da máquina estatal, o tucano obteve apenas 115 mil votos e não conseguiu avançar para o segundo turno. Esse cenário levantou questões sobre a eficácia da aliança entre o PL e os tucanos, especialmente em um momento em que a direita no Estado enfrenta divisões profundas.

A situação se complica ainda mais quando se observa que a estratégia de Bolsonaro em apoiar candidatos do PSDB nas eleições deste ano resultou em uma fragmentação das candidaturas do PL nas principais cidades de Mato Grosso do Sul. As escolhas de apoio acabaram gerando um racha na direita, onde muitos eleitores e lideranças conservadoras se sentiram abandonados ou traídos.

Muitos dos nomes fortes do conservadorismo em Campo Grande, embora formalmente alinhados aos tucanos, manifestaram descontentamento com a candidatura e, em alguns casos, se abstiveram de pedir votos abertamente para o candidato.

Agora, no segundo turno, Bolsonaro vai apostar em Adriane Lopes (PP), uma candidata que ele já havia prometido apoiar desde o início do ano. Contudo, a pergunta que paira no ar é se esse apoio terá realmente peso na campanha. O bolsonarismo, que já passou por momentos de glória, encontra-se em uma fase de reavaliação e, para muitos, a conexão com a figura de Bolsonaro não é mais tão forte quanto antes.

Adriane Lopes tem tentado posicionar-se como uma representante da direita, adotando discursos e estratégias que buscam cativar o eleitorado conservador. No entanto, mesmo com esses esforços, sua imagem ainda é cercada de desconfiança por parte dos bolsonaristas mais fervorosos, que não veem em sua candidatura uma continuidade da ideologia e das promessas do bolsonarismo.

E, para a direita órfã em Campo Grande, apoiar Rose Modesto (União Brasil) nunca foi uma opção.