Geral | Da Redação/Com Assessoria | 27/08/2012 13h03

Assembleia e instituições se unem no combate às drogas

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A Assembleia Legislativa e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, com o apoio da Justiça Federal, criarão um Centro de Referência de Tratamento de Usuários de Drogas. O projeto foi detalhado pelo desembargador Joenildo de Sousa Chaves durante o III Encontro das Famílias do Instituto Eurípedes Barsanulfo, realizado no último sábado (25/08), na Casa de Leis. Proposta pelo presidente da Assembleia, Jerson Domingos (PMDB), a iniciativa foi encampada de imediato pelo desembargador Joenildo de Sousa Chaves, vice-presidente do TJMS, e pelo juiz federal Odilon de Oliveira. 

O Centro de Tratamento terá como objetivo a reinclusão social dos dependentes químicos, começando pelo tratamento ambulatorial, passando pela capacitação profissional até a inserção deles no mercado de trabalho. Joenildo afirmou que a intenção é transformar o centro em modelo para todo o Brasil e que ele será implantado em parceria com os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, além da participação de entidades da sociedade civil. 

Também presente ao evento, o juiz Odilon informou que o estatuto da instituição está sendo elaborado e que o Centro de Tratamento deverá ser criado no ano que vem. Uma área de 53 hectares será doada pelo governo do Estado para a construção da sede. De acordo com o presidente Jerson Domingos, os recursos virão de uma emenda parlamentar coletiva, totalizando R$ 1,2 milhão por ano, como também de contribuições de sócios e entidades. A administração da clínica ficará a cargo de um conselho composto por representantes de várias instituições. “Há uma grande expectativa da sociedade para a criação e implantação deste projeto. Não é um papel do Poder Legislativo, mas queremos fazer além das nossas obrigações. O mundo todo trata esse tema com extrema atenção e aqui no Mato Grosso do Sul podemos contribuir tanto no debate como em ações efetivas ”, enfatizou Jerson.  O juiz Odilon de Oliveira destacou ainda o envolvimento da sociedade no combate às drogas. “Precisamos nos conscientizar que hoje vivemos a terceira guerra mundial. O mundo contra as drogas”. 

Odilon defende que os bens dos traficantes sejam utilizados na prevenção e no tratamento de dependentes. “Quem criou o problema foi o traficante. Nada mais justo que os bens sejam confiscados e revertidos para a prevenção”. O juiz apontou o papel da família no tratamento contra a dependência química: “É necessário o cultivo de valores morais, culturais, éticos, pois isso dá a estrutura para as famílias combaterem esse problema, que vem assombrando o mundo inteiro”. O presidente do Instituto Eurípedes Barsanulfo, Carlos Renato Ramos Nunes, também defendeu o papel fundamental da família no tratamento contra as drogas. “Não existe tratamento sem família. A reeducação se dá com a família, com o carinho de mãe e também com o puxão de orelha”, lembrou.

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