Geral | Dourados Agora | 04/01/2012 11h12

Material escolar chega 10% mais caro

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O material escolar da linha 2012 chega de 5% a 10% mais caro nas papelarias de Dourados, dependendo do produto. A estimativa é de empresários do ramo, que apesar do acréscimo, estão otimistas e já dão início à campanha "Volta às Aulas", a um mês do retorno de mais de 60 mil alunos à escola. A pesquisa oficial do Procon será divulgada em duas se-manas.

Na linha dos licenciados, os cadernos de 10 matérias serão comercializados com valores a partir de R$ 12. São produtos estampados com personagens em evidência, das marcas My Friend, Moranguinho, Homem Aranha, Jolie, Hot Wheels, cobra d’agua, Velozes e Furiosos, Smilinguido e times de futebol. Eles trazem adesivos, plástico para prova e páginas coloridas e detalhadas. Já os cadernos da linha básica (capa dura) deverão sair a partir de R$ 8, afirmam alguns comerciantes. A compra antecipada garantem descontos. Facilidades como pagamentos sem juros e dividido em maior quantidade de parcelas são algumas das estratégias para atrair o cliente.

No caso das caixas de lápis de cor, o consumidor poderá encontrar o produto a preços a partir de R$ 2,99. Cadernos de 96 folhas podem ser encontrados a R$ 4,70. O lápis estará custando em média R$ 0,20 e a caneta Bic a partir de R$ 0,80. O papel sulfite (75g) poderá ser encontrado a preços a partir de R$ 2,99.

De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Dourados, Otávio Benites, com o início das matrículas da rede pública, os pais já começam a pesquisar preços e movimentar em torno de 10% o fluxo nas lojas do ramo. A expectativa é de que nos próximos dias a procura seja intensificada, quando geralmente as empresas chegam a receber de 150 a 200 listas escolares por dia, que custam de R$ 10 até R$ 200 dependendo da escola e série do aluno.

De acordo com o empresário Eduardo Miguel Serapião, para atender a grande movimentação de início de ano, a papelaria contratou 15 temporários. O objetivo, segundo ele, é atender a demanda dos clientes nesta época. O empresário está otimista. Acredita que o consumidor não vai precisar gastar sola de sapato para economizar. “Os preços estão praticamente congelados há três anos. As vezes o valor que sobe não acompanha nem mesmo a inflação”, assegura.

A dona de casa Mara Aparecida Bueno, 36 anos, tem dois filhos, com idades de 10 e 14 anos. Ela afirma que as lojas estão com preços variados e que para garantir descontos bons ainda é preciso pesquisar. "Os custos oscilam. Muitos dos cadernos do ano passado e que estão em promoção podem ser ótimas opções para quem precisa gastar menos", recomenda.

ABUSOS

O Procon de Dourados alerta para que os pais fiquem atentos aos itens que estão sendo pedidos nas escolas. Segundo Rozemar Mattos, a lei municipal 2,617, de 25 de novembro de 2003 proíbe que as instituições obriguem a compra de produtos de uso coletivo e destinado para escritório como papel ofício, higiênico, fita adesiva, papel extenso, álcool, algodão, além de materiais de limpeza e higiene.

“O pai não é obrigado a adquirir estes produtos e pode fazer a matrícula do filho normalmente mesmo com a ausência destes itens na lista da escola. Se a instituição resistir a falta destes materiais, o pai pode acionar o Procon. A multa varia de R$ 200 a R$ 3 milhões, dependendo da gravidade do caso”, ressalta, observando que geralmente não há registros em Dourados sobre o assunto, porque geralmente todas as escolas recebem cópia da lei, já no início do ano.

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