Geral | Da Redação/Com Portal ALMS | 20/04/2012 11h51

Mortes de indígenas conotam situação de extermínio em MS

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Pelo menos 250 índios foram mortos no últimos cinco anos em Mato Grosso do Sul. O levantamento feito pelo Conselho Federal de Psicologia revela, segundo a conselheira e psicóloga social, Flávia Cristina Silveira, a realidade do genocídio dos povos indígenas em todo o Brasil. A questão foi tratada durante a audiência pública “Aspectos Psicossociais da Infância e Adolescência Indígena em Mato Grosso do Sul”, promovida nesta quinta-feira (19/4), na Assembleia Legislativa.

De acordo com Flávia, o olhar estigmatizado e preconceituoso explica os atos de extermínio e prejudica ações de acolhimento da população indígena, principalmente, de crianças e adolescentes indígenas. “Elas são encaradas como o resto e não como parte da população do país”, afirmou.

A ausência de políticas públicas e investimentos, afirma a conselheira, coloca os povos indígenas em uma condição de vulnerabilidade ao etnocídio. “Deixar morrer é uma omissão, o que também é uma forma de matar e nossas políticas públicas. Da maneira como é aplicada tem deixado os índios morrerem”, declarou.

Para a psicóloga, a questão da demarcação das terras ainda é o principal desafio para mudar o cenário sangrento que envolve a luta pelos direitos indígenas. “A sociedade tem que fazer seu papel que é cobrar o Estado e lutar pelas políticas públicas desses grupos”, comentou.

Flávia ainda ressaltou que, pelo Brasil, grupos de direitos humanos, estudiosos e pesquisadores já têm se organizado para mudar a realidade dos índios. 

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