Geral | Da Redação/Com Notícias MS | 03/02/2012 11h02

Móveis do maior hospital de MS são reformados no Instituto Penal

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Reeducandos que participam do “Projeto Marcenaria” – desenvolvido pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) no Instituto Penal de Campo Grande (IPCG) – estão trabalhando na reforma de macas e cadeiras da Santa Casa da Capital. O trabalho faz parte de uma parceria entre a Associação Cristã Pais e Filhos (ACPF), responsável pelo projeto no presídio, e a Secretaria Estadual de Saúde (SES).

No presídio – onde também são desenvolvidos trabalhos de serralheria – além dos móveis, os reeducandos atuam, ainda, no conserto de cadeiras do auditório da Escola Técnica da SES. Outro trabalho realizado no local são as reformas de carteiras escolares da Rede Estadual de Ensino, em convênio com a Secretaria de Educação (SED). 

Os internos trabalham desde o corte das peças ao acabamento. A inciativa, além de propiciar uma ocupação produtiva aos custodiados – e que possibilita o aprendizado de uma profissão – ainda representa economia para os cofres públicos. No caso das carteiras escolares, por exemplo, essa economia chega a representar cerca de 50% a menos nos gastos. 

No espaço onde funciona a marcenaria e serralheria no IPCG – denominado “Reforma & Transforma” – estão trabalhando cerca de vinte reeducandos, todos uniformizados. Eles são remunerados com um salário mínimo mensal e recebem remição de um dia na pena a cada três dias de serviços prestados.

Capacitação 

Além de aprenderem os ofícios de marceneiro e serralheiro por meio do projeto, os reeducandos do IPCG que atuam no “Reforma e Transforma” ainda têm acesso a palestras e cursos de relacionamento interpessoal. 

Segundo a presidente da ACPF, Edna Coronel, está em estudo junto à Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos Humanos da Presidência da República a realização de um convênio para que o governo federal financie cursos nessa área para os reeducandos. “Já entregamos o projeto nas mãos da secretária, que achou muito positiva a proposta”, comenta a presidente da associação. “Agora estamos em fase de adequações de projeto, com base nas especificações determinadas pela secretaria, para que a proposta possa ser aprovada”, completa. 

Trabalho e educação 

No Instituto Penal de Campo Grande, além do Projeto Marcenaria, são desenvolvidas outras atividades de trabalho e educação, tornando o presídio referência em número de ocupação produtiva no Estado. 

Conforme o diretor do IPCG, Tarley Cândido Barbosa, funcionam atualmente no estabelecimento prisional 11 oficinas de trabalho, dando oportunidade a quase a metade dos custodiados da unidade. E já está prevista para esse ano a implantação de uma fábrica de tijolos ecológicos, o que contribuirá para a ampliação desses números. 

No IPCG também está instalado um setor educacional, com oferecimento desde a alfabetização ao ensino médio, sendo registrada uma média de 25% de reeducandos em sala de aula.

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