"/>
Geral | Da Redação/Com Midiamax | 03/02/2012 09h23

“Não podemos tratar a Unei como presídio"

Compartilhe:

As constantes fugas de adolescentes da Unei (Unidades Educacional de Internação) é um problema sério e que muitas vezes põe em cheque a segurança e o sistema sócio-educativo que a unidade oferece.

Para o juiz titular da Vara da Infância e Juventude Roberto Ferreira Filho o problema na Unidade Dom Bosco é a falta de segurança. Ele aponta a falta de câmeras no local. “São apenas os olhos humanos para fazer a segurança, isso é primário”, diz.

“O mato ao redor é muito alto, não para enxergar nada”, completa apontando mais uma dificuldade no local.

O juiz ainda disse que já pediu providências da Unei e que até agora nada foi feito. Ele ainda disse que faz visitas mensalmente ao local e se nada for feito vai pedir a interdição do prédio.

Outro lado

O superintendente de medidas coronel Hilton Villasanti Romero diz que essa visão está errada, ele lembra, que as pessoas precisam entender que ali é uma unidade educacional e não prisional.

“Não podemos tratar a Unei como presídio. Apesar de ser um local de internação ali é uma unidade educativa”.

Ele ainda ressalta que a atividade externa dos adolescentes depende da administração e não da justiça, pois está garantida no ECA (Estatuto da Criança e dos Adolescentes).

“O adolescente que está na Unei pode e deve sair  independente de autorização judicial. Aqui não é um sistema prisional adulto”.

Dentre as diferença ele cita que a educação na Unei é obrigatória, enquanto que no sistema prisional não. “No sistema prisional adulto estuda se quiser, na Unei é obrigatório. É um direito do adolescente e estudar e não ficar durante o dia na Unidade. A justiça juvenil é protetiva”, explica.

Ainda segundo Villasanti a família dos adolescentes está sempre em contato com a Unei e participa ativamente das atividades sócio-educativas.

Para realizar as atividades educacionais, Villasanti disse que a Unei é equipada com 10 salas de aula, laboratório de informática, campo de futebol, entre outras benfeitorias.

Sobre a fuga de oito adolescentes em 13 de janeiro deste ano, o superintendente disse que os adolescentes estavam de férias e por isso havia muitos garotos no local e que isso pode ter facilitado a fuga.

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS