Geral | Da Redação/Thaís Lopes Pimenta | 31/08/2012 12h52

PF invadiu sede do jornal Correio do Estado por motivos políticos

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“Essa ação, de policiais federais presentes no momento de edição e impressão do jornal significa ver com antecedência o material a ser publicado, o que é absolutamente constrangedor aos princípios basilares da sociedade brasileira”, afirmou. “Essa ação, de policiais federais presentes no momento de edição e impressão do jornal significa ver com antecedência o material a ser publicado, o que é absolutamente constrangedor aos princípios basilares da sociedade brasileira”, afirmou. (Foto: Divulgação)

Agentes da Polícia Fedral (PF) invadiram, na noite de anteontem, a sede do Jornal Correio do Estado, para impedir a distribuição da edição desta quinta-feira (30).

A invasão ocorreu por determinação da juíza Elisabeth Rosa Baisch, que acolheu o pedido dos candidatos Reinaldo Azambuja (Coligação Novo Tempo) e Alcides Bernal (Coligação Força da Gente), por suspeitarem que o jornal veicularia uma pesquisa de intenções de voto, que supostamente beneficiaria o candidato da coligação Mais Trabalho por Campo Grande, Edson Giroto.

Para o presidente da Seccional de Mato Grosso do Sul da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), Leonardo Avelino Duarte, a presença da PF no Correio do Estado é um caso de abuso de poder. “Essa ação, de policiais federais presentes no momento de edição e impressão do jornal significa ver com antecedência o material a ser publicado, o que é absolutamente constrangedor aos princípios basilares da sociedade brasileira”, afirmou.

Avelino Duarte disse que o Correio do Estado teria a opção de publicar a pesquisa e arcar com os problemas posteriores. “Normalmente nessas ações (a exemplo da que barrou a divulgação da pesquisa) existe uma multa a ser paga; se o jornal quisesse, publicava o material e arcava com a multa”, explicou. o presidente alerta ainda que a imprensa deve ter liberdade e independência. 

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