Geral | Assomasul | 16/01/2012 09h46

Projeto baseado em Dourados terá R$ 11,9 bi para vigilância da fronteira

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O Ministério da Defesa finaliza programa de R$ 11,9 bilhões para reforçar a vigilância nas fronteiras. O Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), que prevê o emprego de armas e equipamentos desenvolvidos com novas tecnologias de defesa, começa a ser implantado nesse semestre, com fiscalização nos 650 quilômetros que dividem Mato Grosso do Sul do Paraguai e da Bolívia.

Desde fevereiro do ano passado, quando foi lançado o plano do Ministério das Relações Exteriores, é o segundo programa de vigilância da fronteira preparado pelo governo. Em julho de 2011 a presidente Dilma Rousseff lançou o Sisfron, coordenado pelo Ministério da Justiça em parceria com o Ministério da Defesa em ações repressivas e preventivas numa primeira etapa, com desdobramento agora com cobertura de radares em toda a linha de fronteira por meio de sinais de satélites geoestacionário e ótico e aeronaves não tripuladas.

Neste semestre, devem ser conhecidos os detalhes técnicos do projeto piloto que será lançado na fronteira de Mato Grosso do Sul. O Projeto que será baseado em Dourados terá instalação de 12 radares, cada um com alcance de 60 quilômetros, ligados à 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, em Dourados, e ao quartel-general do CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande. 

O Orçamento Geral da União de 2012 aloca R$ 172,8 milhões para o sistema de radares do projeto piloto. Essa fase experimental será a primeira iniciativa de integração das diversas plataformas de vigilância, dos radares aos Vants (veículos aéreos não tripulados) com o centro de comando. Dependendo dos resultados, o modelo será adotado nos outros 16 mil quilômetros de fronteira. 

Indústria bélica

A edição de IstoÉ/Dinheiro que circula nesse fim de semana traz a expectativa da indústria bélica diante do programa bilionário de reestruturação das Forças Armadas.

Segundo a revista, a decisão do governo brasileiro provocou uma onda de fusões e associações de empresas do setor bélico. A Embraer Defesa e Segurança, a maior do setor, comprou a fabricante paulista de radares Orbisat e 50% do controle da Atech, especializada em integração de sistemas e responsável pelo projeto básico do Sisfron, concluído em dezembro. A empresa de São José dos Campos também integrou joint venture com a gaúcha AEL Sistemas, subsidiária da israelense Elbit, para criar a Harpia, que desenvolve Vants nacionais.

Para permitir novas associações e participação da indústria bélica estrangeira no plano, o governo criou a Empresa Estratégica de Defesa. A francesa Thales anunciou em dezembro parceria com a construtora Andrade Gutierrez na área de defesa, segurança aeroespacial e transportes, para atuar no desenvolvimento das tecnologias que serão empregadas até 2022 no Sisfron. Cerca de 30 indústrias nacionais estão hoje capacitadas para fornecer equipamentos e tecnologias para o Sisfron. A Odebrecht também já criou sua divisão de defesa e segurança.

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