Nicarágua registra 121 mortos em onda de protestos contra governo
A Nicarágua vive uma "tragédia humana" pela repressão desatada pelo governo contra manifestantes que pedem a saída do presidente Daniel Ortega do poder e que deixou pelo menos 121 mortos em quase dois meses, informou nesta terça-feira um organismo de direitos humanos.
Adicionalmente, 1.300 pessoas foram feridas na onda de protestos contra o governo de Ortega.
"Isso já é um massacre, uma tragédia humana onde se busca exterminar todos os jovens que pensam diferente ou são críticos a uma gestão de governo", disse à AFP a secretária-executiva do Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh), Marlin Sierra, que informou sobre o novo balance de 121 mortos.
Os confrontos entre manifestantes e as forças do ordem continuaram nesta terça-feira com um menor de idade morto na turística cidade de Granada depois de ter tomado um tiro, segundo o Cenidh.
O pároco da igreja Xalteva de Granada, Wilmer Pérez, disse ao canal 100% Noticias que o menor morreu em meio a enfrentamentos quando grupos ligados ao governo tentaram retirar uma barricada na cidade, 45 quilômetros ao sul da capital.
Desde que os protestos começaram em 18 de abril, há uma média de 2,5 mortos por dia nas mãos das forças irregulares, como os grupos de choque, paramilitares e efetivos antidistúrbios, denunciou Sierra.
A Anistia Internacional (AI) afirmou em um comunicado publicado no México que Ortega "não tem demonstrado a menor inclinação para pôr fim à sua política sistemática de repressão violenta que já custou mais de 100 vidas em menos de dois meses, com um saldo que sobe a cada dia".
O governo inicialmente não se pronunciou sobre a denúncia da Anistia Internacional.
OEA condena violência mas poupa Ortega
A Assembleia da Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou nesta terça-feira a violência que sacode o país, mas não responsabilizou o governo de Ortega pela repressão aos manifestantes.
A "Declaração de Apoio ao Povo da Nicarágua", apresentada pelos Estados Unidos e pelo próprio governo nicaraguense, exige "o fim imediato dos atos de violência, intimidação e ameaças dirigidas contra o público em geral".
Também convoca o governo e outros atores sociais a participar "construtivamente de negociações pacíficas para fortalecer as instituições democráticas e a celebração de eleições livres, justas e oportunas".
O documento exorta a CIDH a informar "assim que possível" ao Conselho Permanente da OEA sobre os resultados e conclusões da visita de trabalho realizada à Nicarágua em maio, mas não condena explicitamente Manágua pela repressão praticada pela polícia e por grupos armados ligados ao governo, como denunciam organizações de defesa dos direitos humanos.
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