Internacional | AFP | 08/10/2017 09h00

Para militares, homenagem a Che na Bolívia é 'traição à pátria'

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Um grupo de militares reformados bolivianos que combateram a guerrilha de Ernesto "Che" Guevara em 1967 consideraram, nesta sexta-feira, as homenagens oficiais realizadas pelo governo pelos 50 anos da morte do insurgente como um ato de "traição à pátria".

"Estamos indignados com esta traição à pátria", protestou o delegado regional dos ex-militares, Teófilo Zárate.

Os veteranos que combateram na época se disseram "esquecidos pelas autoridades" e afirmaram que "não um Parlamento que diz ser do povo reconheça e crie uma nova condecoração dedicada a Ernesto Che Guevara".

"Não podemos esquecer que (Che) foi o invasor, assassinou muitos bolivianos, soldados, recrutas e camponeses", enfatizou.

O governo do presidente Evo Morales realiza diversas atividades comemorativas no povoado de Vallegrande (sudeste), de 5 a 9 de outubro, e excluem militares.

Diante da indiferença oficial a suas reivindicações, uma confederação de veteranos organiza cerimônias de homenagem à margem dos atos oficiais.

Essa confederação, que tem filiais em La Paz, Santa Cruz (leste) e Cochabamba (centro), iniciou as suas atividades com "uma missa de campanha em Vallegrande em homenagem aos falecidos" em combate, disse Guillermo Ríos, delegado dessa organização em Santa Cruz.

Nos confrontos com a guerrilha morreram 54 soldados do Exército regular e quatro guias civis a serviço das Forças Armadas.

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