Agenda | Época Negócios | 05/07/2016 07h53

Vaticano é o lugar que mais consome vinho no mundo

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No mês passado, depois de saudar casais que celebravam 50 anos de matrimônio, o papa Francisco afirmou que "não se pode encerrar uma festa de casamento bebendo chá". E continuou: "Seria uma vergonha. O vinho é necessário para uma festa".

A Igreja Católica parece praticar o que prega. Isso porque a cidade do Vaticano, com uma população de pouco menos de 850 pessoas, tem o maior consumo per capita de vinho no mundo. Segundo o California Wine Institute, cada habitante consome uma média de 74 litros de vinho por ano — é duas vezes o consumo dos vizinhos italianos e sete vezes o consumo dos Estados Unidos.

A suposição mais óbvia é que este alto número está relacionado com a grande quantidade da bebida que é usada em missas. Mas não é bem assim. Segundo o instituto, esse vinho não faz sequer parte desta conta. O vinho usado para as cerimônias vem de um fornecedor especial e não é do mesmo tipo encontrado no mercado. 

"O vinho do altar e o vinho de mesa são duas coisas diferentes", disse o assistente de monsenhor Jose Avelino Bettencourt ao The Daily Beast. "Vinho sacramental é considerado sagrado, vinho de mesa é de uma variedade diferente."

Isso não significa, evidentemente, que o Vaticano é um lugar cheio de bêbados. O ditado em latim "No vino, veritas" (No vinho, a verdade) pode dar uma pista do porquê bebem tanto.

Contudo, a razão mais lógica para o alto consumo de vinho do Vaticano é a própria demografia. A população inclui muitos padres e freiras, que vivem em comunidade e jantam em refeitórios onde o vinho flui livremente. Os moradores como um todo são mais propensos a serem idosos, homens, altamente educados e comer em grupos maiores — todos os fatores que contribuem para um consumo maior de vinho.

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