Campo Grande | Da Redação/Com Assessoria | 30/11/2012 14h39

Aems de Três Lagoas sedia debate sobre trabalho escravo

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O Seminário “Prevenção de Irregularidades Trabalhistas no Ambiente do Trabalho e Promoção do Trabalho Decente” conscientizou trabalhadores, empresários e universitários sobre a importância das condições adequadas de trabalho. O evento foi realizado nas Faculdades Integradas de Três Lagoas (AEMS), nos dias 28 e 29.

De acordo com Cícero Rufino Pereira, palestrante e procurador do trabalho, este evento foi importante porque conscientizou a população, profissionais do Direito e da Saúde, sobre o trabalho escravo, fato muito comum nas carvoarias do Estado. “Já presenciei alojamentos precários, pessoas bebendo água disponibilizada para gado, condições sub-humanas impossíveis de acreditar que ainda existam no século 21 ”, esclareceu.

Pereira explicou que o trabalho escravo corresponde à jornada exaustiva e degradante, segurar a documentação do trabalhador, entre outros tipos de abuso.Para o procurador, a participação da sociedade é fundamental no combate à escravidão de trabalhadores. É por meio de denúncias que os órgãos competentes conseguirão chegar até os empresários que desrespeitam as leis trabalhistas. 

Recentemente, na região, uma usina de açúcar e álcool foi condenada a pagar cinco milhões numa ação realizada pelo Ministério do Trabalho. No local, a fiscalização presenciou trabalho infantil indígena. “Os empresários que estão investindo em Três Lagoas e região são bem- vindos, porém, precisam oferecer condições de trabalho decente aos funcionários”, enfatizou.

No quesito tráfico internacional de pessoas, o procurador também citou a importância da sociedade estar atenta, pois Mato Grosso do Sul é um estado fronteiriço e precisa redobrar a atenção.  “O trabalho escravo e o tráfico internacional de pessoas são questões que necessitam de enfrentamentos”, ressaltou o procurador.

Para Tomas Bawden de Castro Silva, juiz do trabalho da vara de Três Lagoas, esse seminário foi importante para mostrar as injustiças que alguns cidadãos brasileiros sofrem no trabalho, além de abordar o tema tráfico internacional de pessoas. “Os empresários precisam ter atenção para o comportamento do funcionário, pois desmotivação é sinal de que, na maioria das vezes, o empregador não está cumprindo com as leis trabalhistas e com o que foi combinado no ato da admissão”, frisou.

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