Política | Da Redação | 05/07/2024 08h01

Após rebeldia, Pollon é ‘convidado’ a deixar a presidência do PL em MS

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O deputado federal Marcos Pollon (PL) não é mais o presidente do PL em Mato Grosso do Sul. A insatisfação após o partido decidir caminhar junto com o PSDB nas eleições de outubro em Campo Grande custou a cadeira do congressista. Em nota divulgada por sua assessoria, Pollon afirmou que a decisão foi “um pedido da Presidência Nacional do PL, com anuência de Jair Bolsonaro”.

"Recebi hoje a informação do Waldemar da Costa Neto que não estarei mais a frente da gestão do partido. Agradeço a todos que ombrearam comigo nesta trajetória e dos que precisarem de mim, e do meu mandato de deputado federal, comunico que sigo à disposição", falou Pollon, que deverá ainda seguir filiado ao PL, partido pelo qual se elegeu em 2022 com 103 mil votos.

Pollon foi um dos que se rebeleram contra a possibilidade de o PL indicar o candidato a vice de Beto Pereira (PSDB). O partido estava praticamente fechado com o PP, de Adriane Lopes, mas um acordo costurado pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) e pelo ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) jogou os bolsonaristas de Mato Grosso do Sul na chapa tucana.

Tudo começou no último dia 28, quando saiu a informação de que o PSDB correu por fora e estava próximo de fechar o apoio do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, para a candidatura de Beto Pereira. A revelação caiu como uma bomba no grupo político da prefeita Adriane Lopes (PP), que tentará a reeleição e dava como certa a aliança com o grupo bolsonarista.

Para a senadora Tereza Cristina, líder do PP no Estado, uma verdadeira rasteira dada por Azambuja e Riedel, que tiveram seu apoio nas últimas eleições e negociaram o apoio de Bolsonaro diretamente com a cúpula do PL em Brasília.

A cúpula do PL foi obrigada a engolir o acordo costurado em Brasília (DF) - mas nem todos. Pollon, que tem mais de 220 mil seguidores em seu Instagram, anunciou pré-candidatura à Prefeitura de Campo Grande no sábado (29) como uma resposta à investida tucana.

Segundo nota divulgada pelo PL, Pollon será substituído pelo titular que for indicado pelo presidente nacional da sigla.

“O ciclo de Marcos Pollon na liderança da sigla se encerra com o agradecimento da confiança do Presidente Jair Bolsonaro e o agradecimento a todos que acreditam no projeto de crescimento do PL”, diz trecho da nota.

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