Impeachment | Da Redação | 05/05/2016 08h26

Presidente da República prepara “bomba fiscal” de 10 bilhões

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Diante de um afastamento cada vez mais próximo, a presidente Dilma Rousseff segue mostrando seu desrespeito com as contas públicas, algo que se caracterizou como uma verdadeira marca de sua gestão. De acordo com matéria publicada pelo Broadcast da Agência Estado, a petista contratou um aumento de R$ 8 bilhões nas despesas do governo, conta que deverá ser paga por uma provável gestão do vice-presidente Michel Temer. A votação que levará ao afastamento da presidente é esperada para acontecer na próxima semana.

Um componente decisivo para a “bomba fiscal” é uma Medida Provisória (MP) que reajusta o salário de auditores da Receita Federal, que deve ser publicada nos próximos dias, e cujo teor foi revelado pela reportagem do Broadcast. A MP aumenta os gastos com este item em R$ 400 milhões em 2016 e em R$ 1,5 bilhão em 2017, o que faria as despesas totais a serem pagas pelo futuro governo chegarem a cerca de R$ 10 bilhões. A medida derruba o argumento amplamente utilizado por Dilma e seus defensores de que o aumento de gastos de seu governo tem como único foco os programas destinados à população mais pobre.

Além dos efeitos da MP, Dilma deve deixar para seu sucessor um pacote oneroso composto por reajustes no Bolsa Família (R$ 1 bi) e na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (R$ 5 bi), além de um aumento nas despesas com subsídios do Plano Safra e no Programa Minha Casa Minha Vida, ambos com custo de R$ 1 bilhão.

O eventual governo Temer enfrentaria grandes dificuldades para retirar o “pacote de bondades” anunciados por Dilma por conta da rejeição popular que tal decisão implicaria. Segundo a reportagem do Broadcast, aliados do peemedebista consideram as medidas “irresponsáveis” e uma “ação de vingança” da presidente.

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