Aprovada PEC que veda coligações e cria cláusula de desempenho
O plenário do Senado aprovou ontem (3), em dois turnos, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com a coligação de partidos para eleições proporcionais e estabelece a cláusula de desempenho, que gradativamente impede a propaganda de rádio e TV e o repasse de dinheiro do fundo partidário a partidos pequenos.
Aprovada na semana passada pela Câmara, a emenda constitucional será promulgada pelo Congresso Nacional nos próximos dias para que possa valer nas eleições de 2018. No caso das coligações partidárias, a proibição valerá a partir de 2020.
Com aprovação unânime, as discussões entre os senadores foram rápidas, já que o projeto é originário do próprio Senado. Na Câmara, após várias semanas de debates, os deputados aprovaram a PEC 282/2016 (convertida no Senado em PEC 33/2017) mas, como a proposta foi alterada, precisou ser votada novamente no Senado. Até o momento, esta é a única proposição sobre a reforma política que valerá para o próximo pleito.
Desempenho
A emenda cria uma cláusula de desempenho para que os partidos só tenham acesso aos recursos do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão se atingirem um patamar mínimo de candidatos eleitos em todo o país.
A partir de 2030, somente os partidos que obtiverem no mínimo 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço dos estados, terão direito aos recursos do Fundo Partidário. Para ter acesso ao benefício, os partidos também deverão ter elegido pelo menos 15 deputados distribuídos em pelo menos um terço dos estados.
O mesmo critério será adotado para definir o acesso dos partidos à propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. A mudança, no entanto, será gradual, começando pelo piso de 1,5% dos votos válidos e nove deputados federais eleitos nas eleições de 2018; chegando a 2% e 11 deputados eleitos, em 2022; a 2,5% e 13 eleitos em 2026, até alcançar o índice permanente de 3% e 15 eleitos em 2030.
Dois turnos
No primeiro turno, a PEC foi aprovada por 62 votos favoráveis e nenhum contrário. Com a quebra de interstício, que previa um intervalo mínimo de sessões para que a proposição fosse analisada novamente, os senadores confirmaram por 58 votos a 0 a aprovação da matéria.
"Nós, hoje, acabamos com essa coisa esdrúxula chamada coligações partidárias proporcionais. Também criamos a cláusula de desempenho, que vai moralizar a vida pública brasileira, diminuindo essa quantidade enorme de partidos", disse o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Segundo ele, a nova emenda será promulgada até a próxima quinta-feira (5).
-
Publicada lei que prorroga benefícios para a indústria de semicondutores
Publicada lei que prorroga benefícios para a indústria de semicondutores
-
CPI das Bets Ilegais: Soraya propõe Comissão para investigar apostas ilegais
Esse pedido surge após a deflagração, no início de setembro, da Operação Integration
-
Quase 200 mil pessoas vivem em domicílios improvisados, mostra Censo
Quase 200 mil pessoas vivem em domicílios improvisados
-
Calorão e baixa umidade do ar voltam a deixar MS com clima de deserto
Calorão e baixa umidade do ar voltam a deixar MS com clima de deserto
PARCEIROS
- Segunda-feira, 16 de Setembro de 2024
- Geral Publicada lei que prorroga benefícios para a indústria de semicondutores Com foto Com vídeo
- Economia Prévia da inflação oficial recua para 0,19% em agosto Com foto Com vídeo
- Geral Calorão e baixa umidade do ar voltam a deixar MS com clima de deserto Com foto Com vídeo
- Saúde Saúde define critérios e fluxo de repasses do incentivo estadual Com foto Com vídeo
- Geral Governador reúne secretários para discutir ações e entregas do próximo ano Com foto Com vídeo
- Economia Crédito para Agricultura Familiar de MS chega a R$ 500 milhões Com foto Com vídeo
- Geral Seca e queimadas exigem mais cuidados com saúde; confira orientações Com foto Com vídeo
Tweets by MS_em_dia