Campo Grande | Da Redação/Com Campo Grande News | 04/03/2013 11h36

Polícia paraguaia é acionada para reforçar buscas pelo Maníaco da Cruz

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As polícias Civil e Militar e também do Paraguai estão empenhadas na busca por Dyonathan Celestrino, 21 anos, que fugiu da Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã neste final de semana. O jovem é conhecido como ‘Maníaco da Cruz’, por ter assassinado três pessoas em Rio Brilhante, em 2008.

Segundo o delegado de Polícia Civil de Ponta Porã, Clemir Vieira Júnior, a polícia paraguaia foi informada e também está ciente da fuga. “Passamos a informação a eles para a polícia de lá tentar encontrá-lo se ele estiver no Paraguai”, explicou o delegado. O trabalho da Polícia Civil na região é para recaptura de Dyonathan que é tratado como foragido. “Temos a fotografia dele e desde que fomos informados da fuga estamos na recaptura dele”, completou.

O comandante da Polícia Militar do Estado, coronel Carlos Alberto David dos Santos, disse que já foi determinado aos comandantes da Polícia Militar de Ponta Porã e região para que adotem providências “no sentido de buscar informações que nos levem a captura dele”.

Dyonathan fugiu da unidade depois das 18h de sábado, horário em que ocorreu a última vistoria. Os funcionários perceberam a ausência do jovem apenas na manhã de domingo, durante a revista das 8h da manhã.

Ele fugiu arrebentando a janela e usando um cobertor. Como não há grades em Uneis aos moldes dos presídios, apenas a proteção de janelas comuns, o cobertor e um pedaço de madeira podem ter servido de torniquete.

Dhionatan estava na unidade desde 2008 e completou 21 anos dentro da Unei. Os crimes em série foram cometidos quando ele tinha 16 anos, em Rio Brilhante, onde morava com a família. Na cidade onde morreram o pedreiro Catalino Cardena, 33 anos; a frentista Letícia das Neves, 22 anos e a estudante Gleice Kelly da Silva, 23 anos, assassinados pelo ‘maníaco’ por considerar todos ateus, o clima é de apreensão.

O Estatuto da Criança e do Adolescente determina tempo máximo para a internação em Uneis de três anos. O prazo de Dyonathan venceu em outubro de 2011 e no ano passado, depois de ação da Defensoria Pública, a Justiça determinou a interdição do jovem em um hospital psiquiátrico.

Ele é considerado perigoso ao ponto do Estado alegar que a presença do assassino nos hospitais psiquiátricos existentes em Mato Grosso do Sul significaria risco aos funcionários e aos demais internados. O argumento foi usado pelo governo na tentativa de evitar a transferência, mas o TJ manteve a internação compulsória.

Apesar da decisão de março de 2012, até agora ele continuava na Unei.

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