Eleições | Da Redação | 06/07/2024 08h14

Aliança de Beto pode unir ideologias acostumadas a trocar farpas

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Um avanço para a democracia ou simplesmente a busca por um lugar ao sol? O deputado federal Beto Pereira (PSDB), pré-candidato à Prefeitura de Campo Grande, pode conseguir o feito de unir partidos que, até pouco tempo atrás, se viam como adversários e trocavam farpas diariamente nos debates políticos.

À primeira vista, um sinal de que a política está transcendendo suas divisões ideológicas. Mas, uma análise mais profunda revela que, por trás desse aparente gesto de união, escondem-se interesses que o eleitor desconhece.

A ideologia, antes considerada o alicerce dos partidos políticos, parece ter se tornado uma mera fachada. Se os desdobramentos das negociações atuais seguirem como o planejado, o tucanato local conseguirá colocar, no mesmo palanque, progressistas e conservadores.

Já fechado com o PSB, partido de centro-esquerda que tem como principal nome o vice-presidente Geraldo Alckmin, Beto espera contar, também, com o apoio do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Essa aliança não é um movimento ideológico genuíno, mas sim uma coligação de conveniência, onde cada partido busca garantir sua fatia do bolo”, disse decano da política local sob a condição de anonimato.

Hoje sedentos pelo apoio de Jair Bolsonaro, os principais nomes do PSDB em Mato Grosso do Sul já foram críticos ferrenhos do ex-presidente. O próprio Beto Pereira já fez postagens com críticas ao capitão.

Antes um ilustre desconhecido do eleitorado campo-grandense, Beto Pereira tem crescido nas pesquisas após cada apoio firmado. Hoje, já conta em seu palanque com nomes de peso, como o do ex-governador André Puccinelli (MDB) e do senador Nelsinho Trad (PSD), que ocupou o Paço Municipal por dois mandatos.

Além do PSB, MDB e PSD, Republicanos, Podemos e Solidariedade também confirmaram o apoio à candidatura tucana.

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