Governo destina R$ 48,5 mi à UEMS
O Governo de Mato Grosso do Sul lançou o pacote de obras MS Forte 2 na noite de quinta-feira (15), em Campo Grande, com investimentos na ordem de R$ 3,6 bilhões. A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul é um dos destaques do plano de investimentos, com R$ 48,5 milhões garantidos para execução até 2014.
Do recurso destinado à UEMS, R$ 45 milhões serão utilizados na construção de um prédio próprio para a unidade universitária de Campo Grande. O reitor destaca a importância da construção, principalmente pela unidade da capital ser a única de UEMS que ainda funciona de forma improvisada, sem espaços adequados para as atividades acadêmicas. Atualmente na unidade da UEMS em Campo Grande funcionam sete cursos de graduação e três programas de mestrado.
Além da obra em Campo Grande, outros R$ 3,5 milhões serão destinados à construção de um novo bloco na sede da UEMS em Dourados. O novo bloco terá aproximadamente 3 mil metros quadrados, com dez salas de aula, cinco laboratórios didáticos, salas para professores e um miniauditório. A previsão é de que o bloco receba os cursos de Ciências Exatas que funcionam na sede.
Curso de Medicina
Durante o lançamento do MS Forte 2, o governador André Puccinelli voltou a manifestar o interesse do governo em abrir um curso de medicina na UEMS. Segundo ele, com o recurso direcionado para a Universidade é possível construir o prédio da nova unidade, bem como adquirir a estrutura necessária para o curso.
Segundo o que propõe o governo, a Universidade não necessitaria construir ou administrar um Hospital Universitário, já que o Hospital Regional, já em funcionamento em Campo Grande, passaria a atender às necessidades pedagógicas do curso. A administração do Hospital, bem como todo o custeio de suas atividades, continuaria sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Saúde, como ocorre atualmente. Essa possibilidade de utilização da estrutura já montada e administrada do Hospital Regional como Hospital Universitário é o principal fator que motivou a proposta de estudos para criação do curso em Campo Grande.
De acordo com o reitor Fábio Edir, a UEMS sempre esteve pronta para contribuir com as demandas sociais do Estado. O reitor lembra que, no início das atividades da UEMS, a grande dificuldade em Mato Grosso do Sul era a interiorização do ensino superior e a instituição conseguiu levar educação superior a todas as regiões do Estado. “Nós permanecemos atentos para verificar quais são as necessidades da população e sabemos que há a necessidade de formar mais médicos, haja vista a dificuldade que o governo federal tem encontrado para atrair médicos para o interior do País”, disse o reitor. Fábio Edir destaca ainda que os médicos formados pela UEMS, no caso da possível criação do curso, seriam capacitados e incentivados a atuar na atenção básica de saúde do Estado e do Brasil, mantendo assim o perfil profissional socialmente responsável que, segundo o reitor, é uma das marcas dos que se formam na UEMS. O reitor da UEMS reconhece a relevância que um curso como o de Medicina tem, todavia, destaca que a decisão pela abertura do curso cabe aos conselhos superiores da Universidade.
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