Eleições | Da Redação | 01/07/2024 14h00

Com direita perdida, apoio de Bolsonaro segue sem dono na Capital

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O final de semana foi agitado para a direita em Mato Grosso do Sul e, apesar das diversas informações divulgadas, tudo segue indefinido.

Tudo começou na sexta-feira (28), quando saiu a informação de que o PSDB correu por fora e estava próximo de fechar o apoio do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, para a candidatura de Beto Pereira. A revelação caiu como uma bomba no grupo político da prefeita Adriane Lopes (PP), que tentará a reeleição e dava como certa a aliança com o grupo bolsonarista.

Para a senadora Tereza Cristina, líder do PP no Estado, uma verdadeira rasteira dada por Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel, que tiveram seu apoio nas últimas eleições e negociaram o apoio de Bolsonaro diretamente com a cúpula do PL em Brasília.

O possível apoio à candidatura de Beto Pereira rachou ainda mais a direita na Capital. Isso porque os principais cabeças do PL buscavam, desde o início, candidatura própria na Capital. Rafael Tavares, João Henrique Catan, Tenente Portela e até mesmo André Salineiro chegaram a ser cotados, mas nenhum empolgou os filiados, nem as principais pesquisas de opinião que circularam.

“Apoiar um candidato do PSDB, partido que está na administração do governo Lula, seria um tiro no pé da direita”, disse integrante do partido sob a condição de anonimato.

A cúpula do PL foi obrigada a engolir o acordo costurado em Brasília (DF) - mas nem todos. O deputado federal Marcos Pollon (PL), que tem mais de 220 mil seguidores em seu Instagram, anunciou pré-candidatura à Prefeitura de Campo Grande no sábado (29) como uma resposta à investida tucana.

“Vocês queriam um candidato a viável do PL, então agora vocês tem. Sou pré-candidato a prefeito de Campo Grande”, cravou.

Até o momento, o que se sabe é que parte da direita deve caminhar com Beto Pereira. Há quem prefira caminhar com Adriane e Tereza, que, até o momento, não se manifestou sobre o acordo. Isso independente do que for definido na convenção do partido.

Com tanta confusão na direita, o certo é que a novela segue durante a semana. A senadora deverá se reunir com o ex-presidente Jair Bolsonaro na quarta-feira (03) para, enfim, encerrar mais um capítulo do folhetim.

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