Tecnologia | Exame.com | 03/03/2018 08h00

Nova bateria pode ser carregada em menos de 30 segundos

Compartilhe:

Pesquisadores da Coreia do Sul descobriram uma nova abordagem para tornar baterias que usam eletrólito aquoso úteis no dia a dia e sem oferecer riscos de explosões. Com soluções baseadas em água, em vez de usar substâncias tóxicas ou inflamáveis, essas baterias podem atingir 100% de carga em pouco mais de 20 segundos. O conceito parece a solução perfeita para os nossos smartphones de hoje, que têm baterias de íons de lítio que levam, na melhor dos cenários, pouco menos de duas horas para ir de zero a 100% de carga.

O porém é que a transferência de energia que acontece em uma bateria que usa solução aquosa tem deterioração rápida e a autonomia de uso também não é alta.

O que os pesquisadores do Korea Advanced Institute of Science and Technology fizeram foi mudar como é construído um capacitor híbrido aquoso. O estudo foi publicado no periódico científico Advanced Energy Materials.

Com polímeros baseados em grafeno no anodo e fazendo a dispersão com nanopartículas de óxido metálico no cátodo, obteve-se uma bateria com densidade energética 100 vezes maior do que em outros dispositivos. Além disso, esse capacitor pode manter sua carga em mais de 100 mil ciclos de recargas.

“Essa tecnologia amigável ao meio ambiente pode ser facilmente manufaturada e tem alta aplicabilidade. Em particular, sua alta capacidade e estabilidade, comparada com a de tecnologias existentes, pode contribuir para a comercialização de capacitores aquosos. O dispositivo pode ser rapidamente carregado com um sistema de carregamento de baixa energia, e, portanto, pode ser aplicado a aparelhos eletrônicos portáteis”, diz, em nota, o professor Jeung Ku Kang, que liderou a pesquisa na Escola de Graduação em Energia, Meio Ambiente, Água e Sustentabilidade.

Ainda é um mistério se a tecnologia de bateria com capacitores híbridos aquosos vai se popularizar dentro de alguns anos. Porém, soluções como essa seriam muito bem-vindas em um mundo como o nosso, onde as pessoas mordem baterias de iPhones–que explodem na sequência.

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS